domingo, 24 de maio de 2009

Dia de pedalar em silêncio


Ocorreu nesta ultima quarta-feira, dia 20, em diversas cidades do Brasil e do mundo, o Ride of Silence – ou Pedal do Silêncio. Cerca de 100 ciclistas pedalaram silenciosamente pela avenida Paulista para lembrar os mortos no trânsito. O Pedal do Silêncio percorreu a avenida e terminou na bicicleta fantasma instalada em homenagem à ciclsita Márcia Prado, morta em janeiro deste ano.
O movimento é internacional, o que não impede que adquira características próprias dependendo do local onde é realizado.
O Ride of Silence pode adquirir diferentes feições: pode parecer uma homenagem, um ritual fúnebre, um espaço-tempo de confraternização ou reflexão, um exemplo de celebração da vida.

Isso depende exclusivamente dos participantes. Implícitos, estão objetivos diversos: relembrar um amigo falecido, tentar conscientizar as pessoas de que a bicicleta também se utiliza das ruas, tentar mexer com o inconsciente dos motoristas para que eles sejam mais prudentes no trânsito das cidades. Provavelmente, todos aqueles que participam do Pedal do Silêncio almejam, no fundo, uma cidade mais humana, onde prevaleça o equilíbrio entre os diferentes componentes do ambiente e onde a vida seja sempre respeitada. Se você for pedalar, prefira usar camisetas e demais roupas brancas, e uma fita negra num dos braços. É recomendável que se fique em silêncio, mas absolutamente nada impede que se comemore o que existe de mais precioso em nossa existência: a vida. http://bicicletanarua.wordpress.com/ http://www.apocalipsemotorizado.net/















domingo, 17 de maio de 2009

Rota Marajó Joanes – 2ª edição

Bastaria postar as fotos para perceber a maravilha que foi a nossa cicloviagem na Ilha do Marajó.
Sábado dia 16 madrugamos nas ruas de Belém em direção ao porto. Concentramos a turma no cais antes do embarque, formando um pequeno grupo de sete ciclistas, as passagens custaram 15 reais por pessoa e 2 reais por cada bike.


A viagem de ida durou em média três horas de barco, na de volta viemos a favor da maré e tiramos duas horas e meia. Apenas um incidente, já previsto, ocorreu com pneu em uma das Bikes, trocamos a câmara de ar e partimos pela estrada. Parávamos a cada meia hora de pedalada para reposição das energias, hidratação, comer frutas e ouvir o som da paz que a estrada nos oferecia.


De asfalto foram cerca de 19 km em duas horas indo e mais duas voltando no dia seguinte, numa estrada tranqüila e cortada por diversos igarapés, onde não poderíamos deixar de dar um bons mergulhos, tanto na ida como na volta.




Ainda não sei dizer o que foi melhor, se foi a viagem ou a estadia em Joanes. O contato com as pessoas que vivem naquele paraíso e todas as manifestações naturais da ilha, como o vento que só parava de soprar para chuva dar uma refrescada, a calma que nos convidava a falar baixinho enquanto o silêncio tocava sua sinfonia e a lua que chorou de madrugada antes de nascer.
Para as imagens que vimos, para as emoções que vivemos não tenho palavras. Não dá pra descrever o que sentimos, só posso dizer que foi muito bom. Fiquem com as fotos.


quinta-feira, 7 de maio de 2009

Carona Amiga

Quinta feira amanheceu com greve de ônibus em Belém. Eu desavisado, achei a cidade diferente quando pedalava as seis da manhã, tudo calmo, a rua estava mais silenciosa do que de costume. Estava achando aquilo estranho, mas o que me chamou atenção foi um fato curioso, que além de ter mais bicicletas nas ruas, quase todas estavam levando caronas. Eram crianças, mulheres, senhores, operários, na garupa, no varão e até no guidão. A carona de bike é uma cena muito lúdica. Pena que eu não tinha nem uma câmera fotográfica na hora.

Quando tem greve de ônibus, aparece uma infinidade de transportes alternativos, que inundam a cidade. Dobra a quantidade de furgões, vans e táxis circulando nas vias. O carros particulares triplicam seus números nas ruas e passam a circular com ainda mais velocidade. Até caminhões são usados como transporte de passageiros. A cidade fica muito mais hostil, principalmente para pedestres e ciclistas.

Uma cidade inteligente, incentiva o uso do transporte coletivo e das bicicletas, proporciona segurança aos pedestres e passageiros de coletivos. Mas infelizmente não é assim que pensam os administradores públicos, nem tão pouco os cidadãos mudam seus maus costumes.

Não existe atitude mais “BURRA” do que uma pessoa sair de casa só, dirigindo um carro enorme, passar horas presa num congestionamento que ela mesma ajuda a provocar, duas vezes por dia, cinco dias na semana, nas quatro semanas do mês e em todos os meses do ano.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Cicloviagem ao "aquário"

Valeu muito a pena, acordei domingo as 5:30, pulei da cama, um banho rápido, café com leite, uma fatia de bolo, uma banda de mamão, uma banana, um copo de suco de caju, uma colher de mel de abelha. Últimos detalhes, câmera socorro, bomba de encher pneu, garrafa de hidratarão e suprimentos de reserva.

Após uns alongamentos, já era 6:30, subi na bike e segui solitário em direção ao Entroncamento, onde encontrei o experiente cicloviajante Leno Santos, que nos guiou até um dos igarapés mais lindos que eu já vi.
Batizado por nós de "Aquário", o lindo riacho fica no município de Benevides, 33 km de Belém.

Fomos pela BR 316, passamos por Ananindeua, Marituba até ­­chegarmos na Vila de Benevides aproximadamente as 9:30. Entramos nas trilhas de piçarra e terra, cortados por riachos transbordados dos igarapés próximos que nessa época do ano estão sempre cheios.

Apesar de ter chovido muito um dia antes, o “aquário” é uma verdadeira piscina natural, com águas límpidas, 99% transparentes. É um encantamento, uma dádiva. Impossível não se entregar ao mergulho.

Todo viajante sabe que existe a emoção da partida e a emoção da volta.
Às 12 horas já estávamos em casa. Cansados, porém muito mais vivos e felizes.
Valeu muito a pena!

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Rodas de trabalho

Saudações as bicicletas que não foram feitas para passear, praticar esporte ou viajar. Conhecidas como cargueiras, as magrelas que só se dedicam ao trabalho circulam pelo trânsito facilitando desapercebidamente a nossa vida, com realização de serviços fundamentais para a sociedade, na entrega de pizza, água mineral, gaz de cozinha e dos mais variados materiais. Existem até as bike-som fazendo serviço de publicidade.

Parabéns aos trabalhadores que utilizam a magrela para nos levar o sorvete gelado, as frutas, os churros, água de coco, o pão quentinho, o jornal diário e as tão esperadas encomendas ou correspondências.
As bicicletas de serviço estão para cidade, assim como as hemácias estão para o ser humano, transportando oxigênio para todo o corpo.
Literalmente a bicicleta, ajuda a cidade a respirar.
Nossa homenagem a todas as bicicletas trabalhadoras do Brasil e do mundo.